Le Jouer d'Echecs - Stefan Zweig (1881-1942)
"Avant de quitter la vie de ma propre volonté et avec lucidité, j'éprouve le besoin de remplir un dernier devoir : adresser de profonds remerciements au Brésil, ce merveilleux pays qui m'a procuré, ainsi qu'à mon travail, un repos si amical et si hospitalier. De jour en jour, j'ai appris à l'aimer davantage et nulle part ailleurs je n'aurais préféré édifier une nouvelle existence, maintenant que le monde de mon langage a disparu pour moi et que ma patrie spirituelle, l'Europe, s'est détruite elle-même.
Mais, à soixante ans passés il faudrait avoir des forces particulières pour recommencer sa vie de fond en comble. Et les miennes sont épuisées par les longues années d'errance. Aussi, je pense qu'il vaut mieux mettre fin à temps, et la tête haute, à une existence où le travail intellectuel a toujours été la joie le plus pure et la liberté individuelle le bien suprême de ce monde.
Je salue tous mes amis. Puissent-ils voir encore l'aurore après la longue nuit ! Moi je suis trop impatient, je pars avant eux."Stefan Zweig, Pétropolis, 22-2-42
O seu livro "Le Jouer d'Echecs", escrito em 1931, foi apenas publicado um ano após o seu suicídio em 1942 em Pétropolis, Brasil (ver a sua mensagem acima).
Neste livro, um prisioneiro a quem os nazis pretendiam extrair informações, submetendo-o a prolongadas provações, dedica-se ao estudo do jogo do xadrêz para conseguir resistir e acaba por se tornar um eximio jogador, desenvolvendo a capacidade de jogar partidas onde imaginava os lances de ambos os contendores. Após recuperar a liberdade, não consegue suportar a lentidão das partidas e o tempo de espera pelo lance do adversário, o que o exaspera e o faz cometer erros pela sobreposição mental de imagens da realidade e do tabuleiro. Da leitura desta novela, fica a ideia que o intenso e excessivo esforço mental efectuado no jogo do xadrêz, pode provocar distorções psicológicas irreversíveis que mais tarde terão impacto no comportamento individual perante o tabuleiro da vida real.
Ver mais sobre a vida, biografia e obra de Stefan Zweig, aqui e aqui.
Mais, à soixante ans passés il faudrait avoir des forces particulières pour recommencer sa vie de fond en comble. Et les miennes sont épuisées par les longues années d'errance. Aussi, je pense qu'il vaut mieux mettre fin à temps, et la tête haute, à une existence où le travail intellectuel a toujours été la joie le plus pure et la liberté individuelle le bien suprême de ce monde.
Je salue tous mes amis. Puissent-ils voir encore l'aurore après la longue nuit ! Moi je suis trop impatient, je pars avant eux."Stefan Zweig, Pétropolis, 22-2-42
O seu livro "Le Jouer d'Echecs", escrito em 1931, foi apenas publicado um ano após o seu suicídio em 1942 em Pétropolis, Brasil (ver a sua mensagem acima).
Neste livro, um prisioneiro a quem os nazis pretendiam extrair informações, submetendo-o a prolongadas provações, dedica-se ao estudo do jogo do xadrêz para conseguir resistir e acaba por se tornar um eximio jogador, desenvolvendo a capacidade de jogar partidas onde imaginava os lances de ambos os contendores. Após recuperar a liberdade, não consegue suportar a lentidão das partidas e o tempo de espera pelo lance do adversário, o que o exaspera e o faz cometer erros pela sobreposição mental de imagens da realidade e do tabuleiro. Da leitura desta novela, fica a ideia que o intenso e excessivo esforço mental efectuado no jogo do xadrêz, pode provocar distorções psicológicas irreversíveis que mais tarde terão impacto no comportamento individual perante o tabuleiro da vida real.
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Labels: xadrez
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